Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional em busca de melhores condições salariais. A greve foi motivada pela rejeição da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, na última Mesa Setorial Permanente de Negociação.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal foi de reajuste salarial zero, o que desencadeou a decisão da greve dos professores das Instituições Federais. Os professores exigem um reajuste de 22,71%, a ser dividido em três parcelas de 7,06% ao ano, nos anos de 2024, 2025 e 2026.
Além do reajuste salarial, os docentes também estão demandando a revogação de medidas como a portaria do Ministério da Educação 983/20, que aumenta a carga horária mínima de aulas e implementa o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão entre as reivindicações.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado em Brasília para coordenar as ações do movimento paredista. Além disso, os professores participarão de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para discutir as mobilizações e paralisações dos servidores técnico-administrativos.
A greve dos professores das Instituições Federais faz parte da Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Estão previstas atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.
Enquanto isso, o Ministério da Gestão informou que está aberto ao diálogo e se comprometeu a abrir mesas de negociação específicas para tratar das demandas dos servidores até o mês de julho. No entanto, os professores mantêm a greve até que suas reivindicações sejam atendidas.
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