A prefeita eleita de Sertânia, Pollyana Abreu (PSDB), teve seu registro de candidatura cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico durante a campanha de 2024. Além disso, Pollyana e outros membros da chapa, incluindo a vice-prefeita eleita, Teresa Raquel Rufino (PSDB), e o vereador reeleito, Dorgival Rodrigues (PSDB), ficaram inelegíveis por oito anos. A decisão ainda permite recurso.
Decisão Judicial e Acusações
A sentença foi proferida após ação movida pela Frente Popular, que acusou Pollyana de:
- Distribuição de brindes;
- Uso de maquinário em benefício eleitoral;
- Realização de carreatas com fins políticos;
- Contratação de propaganda ostensiva em uma rádio local por meio da empresa privada PBA Transportes, registrada em seu nome.
O juiz Gustavo Silva Hora concluiu que houve uso indevido de recursos econômicos e de pessoas jurídicas, criando desequilíbrio no pleito. “A utilização da empresa PBA Transportes para patrocínios, propaganda ostensiva e transporte de militância configurou abuso de poder econômico”, destacou o magistrado.
Pollyana foi eleita em 6 de outubro de 2024, com 55,87% dos votos (11.478), derrotando a adversária Rita (PSB), que obteve 44,13% (9.067). A chapa, contudo, enfrenta a possibilidade de ser destituída caso a cassação seja confirmada em instâncias superiores.
Recurso e Implicações
A chapa pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Enquanto isso, Pollyana poderá ser diplomada e assumir o cargo, mas o processo segue em trâmite, com risco de reversão.
Em nota, o PSDB declarou respeito à Justiça, mas classificou a decisão como “equivocada”. “A campanha de Pollyana Abreu respeitou a legislação eleitoral. Estamos reunindo provas para esclarecer os fatos no recurso ao TRE”, afirmou o partido.