A categoria da Polícia Civil de Pernambuco realizou um ato em frente ao Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, no centro do Recife, na última quarta-feira. A mobilização foi uma greve de advertência de 24 horas, iniciada às 7h, com a participação significativa dos policiais que reivindicavam melhores condições de trabalho.
Possibilidade de Nova Paralisação
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) anunciou que, caso o Governo do Estado não atenda às reivindicações da categoria, uma nova paralisação poderá ocorrer na próxima semana, desta vez com duração de 48 horas. A data prevista para a paralisação é nos dias 17 e 18 de julho.
Funcionamento Durante a Greve
Durante a greve, a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, continuou atendendo normalmente ao público, embora o registro de boletins de ocorrência tenha sido interrompido devido a uma queda no sistema. No IML, os serviços operaram em regime de operação padrão, com algumas funções, como emissão de laudos, liberação de corpos e exames, sendo realizadas de forma mais lenta. Prioridade foi dada aos registros de flagrantes delitos e violência contra a mulher, enquanto investigações e diligências foram suspensas.
Reivindicações da Categoria
O presidente do Sinpol-PE, Áureo Cisneiros, destacou a necessidade de superar as péssimas condições estruturais da Polícia Civil, ressaltando que, apesar do anúncio de um investimento de R$ 1 bilhão pelo Governo, nada foi concretizado até o momento. Além da falta de reajuste salarial, a categoria enfrenta problemas como a falta de estrutura de trabalho e déficit de efetivo, que ultrapassa 100 mil vagas.
Cisneiros também mencionou que a categoria está sobrecarregada e adoecendo devido à falta de condições adequadas para desempenhar suas funções.
Determinação Judicial
No final do dia, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a suspensão da operação padrão e da paralisação. A Justiça ordenou que o Sinpol-PE se abstenha de causar qualquer tipo de embaraço ao funcionamento regular do IML e da Central de Flagrantes, bem como de praticar atos que perturbem o serviço de segurança pública ou qualquer outro órgão público estadual.
A decisão judicial também vetou a paralisação de 48 horas planejada para ocorrer entre os dias 17 e 19 de julho de 2024. O Sinpol-PE, através do presidente Áureo Cisneiros, informou que ainda não foi notificado oficialmente da decisão do TJPE.
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