Em um caso alarmante de violência doméstica, uma adolescente em Pernambuco foi acorrentada e torturada pelos próprios pais após revelar que havia sido estuprada pelo irmão paterno, de 19 anos. A jovem, em busca de justiça e proteção, contou a uma professora sobre o abuso, o que levou à prisão tanto dos pais quanto do agressor.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a vítima foi mantida acorrentada pelos pais durante uma semana. Ela só era libertada para tomar banho, fazer suas necessidades fisiológicas e realizar tarefas domésticas. O objetivo dos pais era impedir que a adolescente denunciasse o estupro e as agressões sofridas. Durante esse período, a jovem foi submetida a constantes agressões físicas e psicológicas, além de ser monitorada por câmeras de segurança instaladas pelos próprios pais.
A situação só começou a mudar quando a adolescente, após ter suas correntes removidas e suas lesões curadas, voltou à escola e conseguiu mostrar à professora as imagens das agressões registradas pela mãe. A professora, percebendo a gravidade da situação, acompanhou a jovem até a Delegacia Especializada de Crimes Contra Criança e Adolescente, onde foi instaurado um inquérito policial para apurar os crimes de maus-tratos, tortura e estupro.
A Polícia Civil ainda não divulgou a localização exata do caso, mas informou que mais detalhes serão apresentados em uma coletiva de imprensa marcada para as 11h desta sexta-feira (23).
Este caso destaca a importância da denúncia e do apoio às vítimas de violência doméstica e abuso sexual. A coragem da adolescente em buscar ajuda, mesmo diante de uma situação tão aterrorizante, foi crucial para que as autoridades pudessem intervir e prender os responsáveis.