O Festival Sesc de Economia Criativa retorna em 2024 com novidades empolgantes e uma vibrante celebração da cultura nordestina. Em sua quarta edição, o evento orgulhosamente recebe o projeto Nordeste das Artes, proporcionando uma experiência inesquecível em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco.
Uma Programação Vibrante e Diversificada
De 1º a 10 de novembro, Arcoverde será o epicentro de intensas e alegres atividades culturais. Serão mais de 40 apresentações musicais e artísticas, incluindo uma feira criativa, exposição, Seminário Nordeste das Artes e várias outras ações formativas. O evento também contará com a Cena Gastrô, trazendo pratos especialmente criados para a ocasião, tudo em homenagem ao saudoso mestre J. Borges.
Cultura e Tradição em Arcoverde
Arcoverde, conhecida por suas diversas manifestações culturais, especialmente o tradicional samba de coco, será novamente a anfitriã deste evento tão esperado. O samba de coco, com origem nos grupos Irmãs Lopes, Raízes de Arcoverde e Trupé de Arcoverde, e posteriormente seguido por Fulô do Barro, Pisada Segura, Quebra Coco Aliança e Erêmin, ressoa em cada canto da cidade, contagiando todos com sua batida e promovendo um impacto positivo na região.
Revitalização Pós-Pandemia
Após o período pandêmico que abalou profundamente a cultura popular, uma revitalização significativa vem ocorrendo em Arcoverde. Grupos de samba de coco estão conquistando maior autonomia e promovendo eventos que atraem o turismo, como ensaios abertos, museus e até projetos para hospedagem, com o auxílio das redes sociais e das plataformas de streaming. Este movimento é resultado de anos de trabalho do Festival Sesc de Economia Criativa – Na Pisada dos Cocos do Nordeste.
A diretora de Programas Sociais do Sesc-PE, Paula Lourenço realizou um estudo que evidencia como o samba de coco tem impulsionado a economia criativa na região. Seu trabalho, iniciado em 2022, reúne entrevistas com integrantes dos grupos, análises de redes sociais e bibliografias especializadas. Participaram da pesquisa grupos como Raízes de Arcoverde, Irmãs Lopes, Coco Trupé, Fulô do Barro, Pisada Segura e Quebra Coco Aliança. Esses avanços já estão registrados em sua dissertação de mestrado em Indústrias Criativas pela Unicap, que virou livro e será lançado durante o festival.
Transformações e Empreendedorismo
O estudo revela impactos culturais, sociais e econômicos notáveis. “Percebemos uma maior visibilidade da manifestação e uma redução do preconceito. O coco, tradicionalmente praticado por pessoas pretas e muitas vezes ligadas à umbanda, tem sido mais reconhecido e valorizado. O interesse dos jovens aumentou, e novos artistas têm surgido,” explica Paula. Os grupos de coco organizam ensaios abertos para arrecadar fundos e têm atraído seguidores nas redes sociais, ampliando a circulação de suas músicas e alcançando regiões distantes do país. Além disso, as sedes dos grupos se transformaram em museus orgânicos por meio de projetos de expografia.
Confira a programação completa e conheça a pisada do coco. Abrindo as portas do Sertão de Pernambuco, o Festival Sesc de Economia Criativa é um convite para dançar, aprender e se encantar com a riqueza cultural do Nordeste.