A Maior Estiagem da História do Brasil: Mudanças Climáticas e o Desafio da Biodiversidade

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Maior Estiagem da História do Brasil

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) divulgou recentemente dados alarmantes sobre a seca no Brasil. Desde 1950, o país não registrava índices tão baixos de chuvas e evapotranspiração, afetando mais da metade do território nacional. Hoje, mais de 58% do país está sob os efeitos da estiagem, abrangendo áreas como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e outras regiões do Norte, o que representa cerca de 4 mil municípios em situação de seca.

A estiagem prolongada tem impactos severos em rios, lagos, vegetação e animais, além de prejudicar comunidades e economias locais. Em Manaus, por exemplo, o nível do Rio Negro caiu cerca de 5 metros em agosto, com a formação de bancos de areia que dificultam a travessia, tornando ainda mais dramática a situação de quem depende dos cursos d’água para se locomover. Queimadas recordes também foram registradas, com mais de 38 mil focos de incêndio apenas na Amazônia em agosto, agravando a situação ambiental e de saúde pública.

Maior Estiagem da História do Brasil

Mudanças Climáticas e o Futuro

O cenário atual de seca é intensificado pelas mudanças climáticas globais, com especialistas alertando para a possibilidade de períodos ainda mais severos no futuro. O climatologista Carlos Nobre previu que o Pantanal pode desaparecer até 2070 e que a Amazônia terá metade de sua área devastada nas próximas décadas se o desmatamento continuar no ritmo atual. A falta de um plano estratégico por parte do governo, especialmente em relação à crise climática e às queimadas, torna o desafio ainda mais complexo.

Impactos na Economia e Agricultura

A estiagem também afeta diretamente a produção agrícola, com preços de commodities como soja, milho e café em alta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já alertou para o impacto da seca prolongada na inflação, especialmente no setor de alimentos. A crise também levanta questionamentos sobre os custos do combate ao fogo, a recuperação de áreas afetadas e a necessidade de novos investimentos em tecnologia e sustentabilidade no campo.

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